Segundo a ONU, PIB mundial deve cair para 2,4%, abaixo do nível pré-pandemia

De acordo com Daniel Bergmann, o desafio do Brasil está no controle da alta dívida pública que afeta a população

 29/04/2024 - Publicado há 7 meses
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O Brasil deve apresentar aumento no PIB e previsão de alta nos preços das commodities, atraindo investimentos – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deve apresentar uma queda e fechar o ano de 2024 em 2,4%, ante os 2,7% registrado em 2023. Essa desaceleração deve impactar a produção agrícola e a infraestrutura em função do aquecimento global. Os motivos são diversos, entre estes as guerra no Oriente Médio e no Leste Europeu. O professor Daniel Bergmann, do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, especialista em finanças, faz uma análise do cenário internacional.

Daniel Bergmann – Foto: FEA-USP

Sobre os Estados Unidos, a maior economia do mundo, há uma expectativa de queda. A desaceleração de 2,5% em 2023 para 1,4% em 2024, parte disso em  função da política de aumento das taxas de juros, derrubando também o consumo e, consequentemente, os investimentos. 

A Europa deve ser bastante prejudicada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, principalmente pela dependência energética da Rússia, aumentando a inflação de determinados países como Reino Unido.  O ambiente é desafiador diante de inflação e taxas de juros elevadas. A projeção da ONU na zona do euro deve ser de 1,2% em 2024 ante 0,5% registrado em 2023.  

Japão

Já no outro lado do mundo, o Japão deve se manter com investimentos em tecnologia e, em contrapartida, a Índia deve ter mais um ano de ascensão.

A segunda maior economia do mundo, a China, vai continuar  desacelerando no curto prazo. O PIB chinês, que fechou 2023 em 5,3%, deve encerrar 2024 em 4,7% em função do setor imobiliário e demanda externa enfraquecida, pressionando a atividade para baixo.

O Brasil deve apresentar aumento no PIB e previsão de alta nos preços das commodities, atraindo mais investimentos. O desafio do Brasil ainda está no controle da alta dívida pública que afeta a população, assim como se espera que a reforma fiscal propicie investimentos para obter o crescimento necessário.    


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