O período de setembro a novembro é marcado pela presença da primavera. Essa estação é muito conhecida pela floração, mas influencia muito mais do que isso.
Estando entre o verão e o inverno, a primavera tem características mistas dessas duas outras estações. “A primavera é considerada um período de transição”, comenta Paola Bueno, coordenadora do Grupo de Estudos Climáticos do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.
Expectativa de chuvas
“Agora, na primavera, a chuva começa a retornar gradualmente. Ela não vem como no verão, vem mais de forma isolada, muitas vezes, em forma de tempestade”, analisa Paola.
No começo do ano, as represas paulistas passaram por situações de desabastecimento e, por mais que a chuva não venha com muita constância, esse período serve como preparação para uma retomada do abastecimento desses locais. A coordenadora acrescenta: “Como o solo está muito seco, antes de ele começar efetivamente a armazenar água acima da superfície, ele precisa absorver a água para saturar. Ele vai pegar essa chuva da primavera, vai absorver e, talvez no verão, a gente terá uma recuperação efetiva desses reservatórios”.
O grupo também chegou à conclusão de que as chuvas devem ocorrer dentro dos moldes normais.
Amplitude térmica
A amplitude térmica diária consiste na diferença entre a máxima temperatura e a mínima do dia. No final de setembro, já se vê uma mudança drástica na temperatura ao longo do dia e essa variação continua durante a primavera. “A gente vai ter dias de frio, até dias com temperaturas acima de 30 graus. As manhãs e noites continuam muito frias, mas quando o sol sai esquenta muito, então isso é normal. É uma mescla de inverno com verão”, ressalta Paola.
Para saber mais sobre a posição do Grupo de Estudos Climáticos da USP a respeito do inverno e da primavera assista ao vídeo Avaliação da Previsão de JJA/22, Monitoramento Climático de 8/22 e Previsão Climática para SON/2022.
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