O Ministério da Saúde anunciou recentemente a inclusão de novas dez modalidades de práticas integrativas e complementares na rede básica da saúde, as quais se somaram às 19 já existentes. Com isso, segundo o médico ginecologista Alexandre Faisal, o Brasil tornou-se o país líder no mundo na oferta desse tipo de intervenção na rede pública de saúde. De tal modo que, hoje, as terapias complementares estão em mais de 9.000 estabelecimentos, espalhados por mais de 3.000 municípios. Ou seja, muita gente tem usado e abusado de tais práticas, que incluem terapias as mais variadas, como aromaterapia, constelação familiar, cromoterapia, terapia familiar, hipnoterapia, entre muitas outras.
O problema em relação a essas práticas, segundo Faisal, é a inexistência de estudos científicos de qualidade que comprovem sua eficácia, o que gera preocupação, por exemplo, quando elas são utilizadas para o tratamento de doenças mais graves, como o câncer, por exemplo. Além disso, a incorporação delas pelo SUS requer recursos que, tradicionalmente, já são escassos e que poderiam ser revertidos para outras práticas comprovadamente eficientes e estabelecidas.