Na coluna “Bibliomania” que foi ao ar no dia 10 de março, a professora Marisa Midori cunhou o termo “biblioclastia” para se referir às várias formas de destruição de livros ocorridas ao longo da história, tema a que ela vai dedicar as colunas do mês de março.
“Os biblioclastas existem desde os primórdios do livro”, afirmou a professora. Ela destacou que as motivações dos destruidores de livros são muitas e mudam de acordo com o tempo e as sociedades. Entre elas, destacam-se o medo, a intolerância, a inveja, a cobiça e a vontade de poder.
Marisa salientou que o discurso dos biblioclastas é sempre coerente. Queimam-se os livros hereges para proteger a alma dos fiéis, destroem-se os livros proscritos porque eles são um perigo para a ordem social e eliminam-se os livros eróticos porque representam um ataque à moral e aos valores familiares. “O discurso de um biblioclasta parece sempre fazer muito sentido. Ou seja, há sempre uma razão justificada para a destruição dos livros.”
Ouça no link acima a íntegra da coluna.