Na coluna desta semana, o professor Guilherme Wisnik indica e faz uma crítica à peça de teatro A voz que resta, em cartaz no Sesc Ipiranga, na Zona Sul da capital paulista. “Me causou muito impacto, então eu achei que merecia uma singela coluna sobre um espetáculo artístico, no meio de um momento tão conturbado do País e do mundo”, aponta.
Para o professor, apesar da peça mostrar, basicamente, um homem dentro de um apartamento vazio falando coisas – como ele próprio sintetiza -, ela não é monótona. É forte e de extrema atualidade. “Isso fala muito do solipsismo [espécie de negação de tudo aquilo que está fora da experiência do indivíduo] do nosso mundo, da ausência das referências, das coisas que estão faltando no mundo e do nosso voltar-nos para nós mesmos”, avalia.