A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021, chamada de COP26, começa no próximo dia 31 de outubro. Os países apresentarão suas metas sobre redução da emissão de gases de efeito estufa.
O professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, conta que cada país propõe suas próprias metas e que não há punição caso não sejam cumpridas.
“Este ano eles devem apresentar as metas até 2030 e espera-se que sejam mais ambiciosas”, afirma Côrtes ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição. Um dos objetivos é igualar a captura e a emissão de carbono até 2050, o chamado carbono zero.
O professor afirma que, no caso do Brasil, a emissão desses gases está associada ao desmatamento, que também prejudica o regime de chuvas e a atuação das hidrelétricas. “O governo brasileiro tem muito pouco a mostrar”, diz.
O País pedirá US$ 100 bilhões de subsídio para um fundo climático, mas a expectativa de Côrtes é que esse pedido não seja atendido. “A gente passa vergonha com a atuação do governo brasileiro na COP.”
Independentemente dos resultados da conferência, o professor afirma que é possível buscar alternativas sustentáveis. “O mundo não está parado, mas fica sempre a expectativa de que a gente tenha um acordo muito amplo nessa COP que se inicia”, diz.
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