Apesar dos avanços ocorridos na área de atendimento à saúde da gestante, há diferenças na qualidade desse atendimento nas diversas regiões do País. Um desses problemas é a questão do desrespeito e do abuso durante o trabalho de parto, o que não é privilégio nacional, mas um fato a ocorrer também em outras partes do mundo, observa o médico e ginecologista Alexandre Faisal. “Esse abuso inclui não só o abuso físico, psicológico e verbal, mas outros tipos de atendimento durante o parto.” A lista inclui negação de cuidados, implementação de procedimentos inadequados, contraindicados ou impróprios.
Um estudo realizado na cidade gaúcha de Pelotas confirma essa triste realidade, cuja solução não é das mais simples, mas passa pela implementação de políticas públicas e ações específicas para esse tipo de violência. “O que não pode é, num momento de tamanha vulnerabilidade, como é o caso do trabalho de parto e pós-parto, a mulher se sentir constrangida ou ameaçada”, afirma Faisal em sua coluna semanal para a Rádio USP.