Desde que a Petrobras mudou sua política de reajustes de preços para o diesel e a gasolina, o setor de revendas e combustíveis vem reclamando muito e, recentemente, solicitou mudanças tributárias ao governo para minimizar o prejuízo. Na coluna Energia, o professor José Goldemberg analisa a política atual do setor de combustíveis.
Para Goldemberg, a política anterior de fixar o preço da gasolina, mesmo com as variações do preço da gasolina no mercado internacional, foi totalmente desastrosa. “Enquanto o preço da gasolina no exterior era altíssimo, com o barril a US$ 150, no Brasil a gasolina estava barata, o que encorajava o consumo excessivo.”
O atual governo está adotando uma política mais racional com o custo real, não tem subsídio, por isso muitos querem a volta dos subsídios. Goldemberg explica que o subsídio implantado há seis anos quase levou a Petrobras à insolvência. Para ele, a política atual faz sentido.
O professor cita, como exemplo, o caso da Venezuela, que tinha gasolina praticamente gratuita e quase causou a quebra da empresa de petróleo. “Gasolina cara tem uma grande vantagem: torna o etanol mais atraente”, pontua.
Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Energia.