O uso de smartphones, tablets e jogos eletrônicos é muito frequente no dia a dia de crianças, adolescentes e até de bebês. É quase impossível imaginar uma infância completamente livre desses equipamentos eletrônicos. A pesquisadora Maria Cecília de Freitas Ferreira, pós-doutoranda sob a orientação da professora Simone Rocha de Vasconcellos Hage, do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia (FO) da USP de Bauru, falou sobre a pesquisa que desenvolve e que relaciona a influência desses equipamentos no desenvolvimento da linguagem das crianças.
A tecnologia faz parte da vida do ser humano e é inegável que facilita o contato entre as pessoas. Mas, para a professora Simone, a questão é quando essa tecnologia deve começar a ser oferecida a uma criança. Ela explica que, no desenvolvimento da linguagem, é muito importante que a criança tenha contato com pessoas, principalmente em seu primeiro ano de vida. A atenção necessária à sua fala é feito por alguém e não por dispositivos. Fora do País existem pesquisas que mostram que, quando a tecnologia é oferecida precocemente e por muito tempo, isso se torna um fator de risco para que a criança tenha atraso no desenvolvimento da linguagem.
O foco da pesquisa é entender quando a tecnologia é boa ou ruim e em que momento deve ser oferecida. Maria Cecília explica como elas estão colocando o estudo em prática. Os pais se voluntariam, agendando uma entrevista em que recebem orientações em relação ao desenvolvimento da linguagem. Depois de responder um questionário sobre o uso das tecnologias, há uma fase de avaliação das crianças. As famílias serão separadas em grupos do perfil de utilização de tecnologia. A partir disso, as pesquisadoras poderão comparar e saber como funciona essa influência.
Os interessados em participar da pesquisa podem entrar em contato através do telefone (14) 99152-5333.
Jornal da USP no Ar, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.
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