Ainda repercute a nomeação do juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça do novo governo. Para o cientista político André Singer, o fato de Moro – que esteve à frente da Operação Lava Jato – ter aceitado o cargo traz implicações relativas à neutralidade daquela operação. “Na verdade, do ponto de vista da garantia de que se tratava de uma operação apenas voltada para o combate à corrupção, e não para obter efeitos políticos, a aceitação do cargo por parte do juiz é muito danosa”, argumenta o colunista.
Já em relação às primeiras declarações de Moro, Singer entende que apontam para direções distintas. De um lado, ele afirma que apoia a redução da maioridade penal – indo contra o que pensam as organizações de defesa dos direitos humanos -, de outro, diz não concordar com a ideia de que os movimentos sociais sejam qualificados como terroristas, o que, para o colunista, é algo positivo. Segundo André Singer, a surpresa tem sido a tônica dos primeiros atos desse novo governo. O certo é que ainda não há como prever o que virá pela frente.
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