Quatro anos após a vitória de 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil, as duas seleções voltam a se enfrentar nesta terça-feira (27) em amistoso em Berlim. A partida vale como preparação para a Copa do Mundo na Rússia, mas o fato é que aquela goleada ainda está bem presente na memória dos brasileiros que gostam de futebol. E é exatamente essa parcela da população que teme por mais um vexame da seleção canarinho, possibilidade que passa longe das preocupações do professor Luciano Maluly, da Escola de Comunicações e Artes da USP, que prefere ver o lado festivo desse jogo tão esperado e comentado.
Ele lembra que as relações de amizade entre Brasil e Alemanha são muito antigas e preenchem as mais diversas áreas dos espectros econômico e cultural, bastando citar que o país germânico é o principal investidor europeu em solo nacional. De todo modo, ele admite que, para muitos brasileiros, a primeira coisa a vir à mente quando se fala de Alemanha é a goleada aplicada quatro anos atrás, em pleno Mineirão, um sabor amargo que insiste em permanecer no paladar de muitos de nós. Por outro lado, Maluly observa que se trata apenas de mais um jogo de futebol entre as duas seleções e que cada partida tem sua própria história. “Estamos com o espírito renovado, o técnico Tite retomou as esperanças, a Seleção Brasileira é ainda um ícone da memória do sentimento nacional”, diz. “O próprio técnico Tite já remodelou todo o espaço, assim como a Alemanha também”.
Para Maluly, esse amistoso pode ser mais importante até do que a própria Copa do Mundo. “Esse jogo representa um grande momento, um momento de passagem, de fortalecimento. É um jogo que todo mundo esperava e espera.” Quanto ao fator emocional, o professor acredita que deve pesar para os dois lados e não apenas para o lado dos brasileiros. Ouça a entrevista na íntegra, clicando no link acima.