A Neisseria gonorrhoeae é uma bactéria conhecida por causar a uretrite, infecção na uretra que pode ser percebida por causar gotejamento, secreção na uretra espessa, entre outros sintomas . É transmitida pelo contato sexual e possui afinidade por mucosa, podendo estar presente no colo do útero ou no externo do trato genital masculino. Os contatos sexuais oral e anal também podem transmitir a DST. A bactéria pode estar presente na garganta de maneira assintomática ou causando desconforto e alteração na fala, ou também na mucosa retal, causando sensação de coceira ou de “puxo”, inflamação que atribui a vontade de evacuar com frequência.
Tal bactéria, assim como outras, está criando resistência a medicamentos, o que dificulta o tratamento da infecção. Maria Cláudia Stockler, médica assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica que a evolução tem relação direta com o uso de antibióticos ao longo dos anos.
Deve-se evitar o uso indiscriminado de antimicrobianos e procurar utilizá-los apenas quando recomendados pelo médico. Com isso, será possível realizar o tratamento adequado no tempo correto. A infectologista comenta também que todas as doenças sexualmente transmissíveis têm relação, então, a aparição de uma deve ser um alerta para o futuro surgimento de outras. Devido a mudanças observadas ao longo do tempo, pessoas estão encontrando parceiros sexuais mais facilmente e, algumas vezes, mesmo em relacionamentos estáveis, estão abertas a se relacionar com outras. Tal situação pode ser um intensificador do surgimento de DST’s.
A prevenção faz parte do amadurecimento sexual e muitas vezes não está junto à prática. Orientar os adolescentes, a população vulnerável e ter uma política de saúde que consiga chegar a todos, transmitindo a prática de prevenção, como o uso de preservativos e tratamento precoce, devem ser atitudes difundidas, para que a população mantenha uma vida sexual saudável.
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