Os atritos – via redes sociais e fora delas – entre o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, são o tema desta coluna de André Singer. “Na verdade, isso aqui é um desdobramento já de uma sequência de atritos que vêm ocorrendo praticamente desde o primeiro dia do governo”, diz o colunista, que entende estar Mourão colocando-se abertamente como alternativa ao presidente, o que Singer define como “um caso singular”. Já se tornou quase um lugar-comum que, dia sim, dia não, o vice-presidente faça algum contraponto ao presidente Jair Bolsonaro.
Embora Mourão esteja apregoando agora querer encerrar o caso, o fato – para Singer – é que ele tem-se colocado como alternativa num governo sabidamente simpático aos militares. Aspectos folclóricos à parte, o colunista entende ser essa uma situação muito grave, “com potencial de conflito e de crise institucional muito sério”. Tudo isso faz com que o balanço desses primeiros quatro meses do governo seja negativo, o que contribui para o enfraquecimento da figura presidencial.
Não se sabe como essa história vai terminar, mas, por tudo que aconteceu até aqui, as perspectivas não são nada boas para a estabilidade do atual governo. Acompanhe, pelo link acima, a íntegra do comentário do cientista político André Singer.