
Em tempos virtuais, a solidão é uma realidade da qual não se pode fugir, o que é algo muito paradoxal em um momento em que as redes sociais dão o tom. Ocorre, porém, que acessar amigos por meio do celular ou de qualquer outro dispositivo não significa o mesmo que conviver com eles. À medida que os relacionamentos se tornam virtualizados, as pessoas perdem o contato umas com as outras. Essa desagregação social pode levar à destruição de alguns valores da coletividade, diz Luli Radfahrer em sua coluna semanal para a Rádio USP. Já não existe, segundo ele, locais onde se possa construir uma identidade social, função que, no passado, era exercida pelo grupo familiar, pela Igreja, pela escola ou pelo trabalho.