Doação de sangue é essencial, necessária e pode salvar vidas

Segundo Rodrigo Calado, a demanda por sangue em hospitais é contínua e direcionada à recuperação e sobrevivência de grupos prioritários

 23/01/2025 - Publicado há 2 meses
Na imagem um braço esticado e apoiado num suporte azul, com uma mão segurando um algodão na altura do cotovelo para estancar o sangue, com uma bolsa de sangue ao lado
A doação de sangue não interfere na saúde do doador e é atentamente ministrada para não originar uma futura anemia para o paciente – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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A doação de sangue enquadra-se como um ato absolutamente essencial para a saúde pública. O sangue e seus constituintes, componentes essenciais para a vida, não são só insubstituíveis, como também necessários para diversas situações muitos frequentes no cotidiano. Casos de hemorragia, acidentes de trânsito, pacientes de quimioterapia, anemias crônicas e outras são apenas algumas das situações em que a doação de sangue pode contribuir para a continuidade de uma vida. E assim como ressaltado pelo professor Rodrigo Calado, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, a doação trata-se de uma ação rápida, simples e com muito impacto.

A demanda por sangue em hospitais é contínua e, assim como exposto pelo professor, o sangue é um componente essencial por suas diversas funções. “Ele faz atividades vitais para o funcionamento do nosso organismo. Primeiramente, ele leva o oxigênio para os nossos diversos órgãos, para o cérebro, para os músculos, para todo o nosso organismo. Em segundo lugar, ele tem as plaquetas, que protegem contra a hemorragia. Então no sangue você tem essas plaquetas, que são pequenas células, que nos protegem contra um sangramento mais forte, protegendo a nossa vida”, detalha Calado.

E tais constituintes são essenciais para a recuperação e sobrevivência dos grupos prioritários, para quem as doações de sangue direcionam o material coletado. Pessoas que estão em tratamento de câncer ou em situações de emergência após cirurgias são apenas alguns exemplos de indivíduos que são salvos por transfusões de sangue diariamente. “Esses elementos muitas vezes estão faltando em pessoas que estão com uma doença, fazem quimioterapia ou passam por uma cirurgia e que precisam dessas células, das hemácias que carreiam o oxigênio e das plaquetas que protegem contra o sangramento, para que possam superar o seu tratamento, a sua doença e salvar suas vidas.”

Segurança e confiabilidade

Homem branco, barba bem escanhoada e bigode, olhando para a câmera e trajando paletó escuro sobre camisa clara
Rodrigo do Tocantins Calado de Soloma Rodrigues – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Sobre o processo de coleta de sangue, o médico ressalta a segurança do processo e confiabilidade que as unidades de coleta de sangue administram em suas técnicas. “A maior preocupação dos Hemocentros, dos bancos de sangue, é com a segurança do doador, porque nós não queremos causar nenhum inconveniente para alguém que quer fazer uma ação de amor, de ajuda ao próximo”, enfatiza.

O processo também inclui uma entrevista curta, durante a qual perguntas curtas são feitas ante da coleta como uma forma de investigação sobre supostos problemas de saúde que possam vir a prejudicar ou impossibilitar o processo de doação e, assim como enfatizado por Calado, “a pessoa que quer doar e procurar o Hemocentro vai passar por uma entrevista, vai fazer alguns exames físicos de pressão, checar o batimento cardíaco, ver se tem anemia ou não, tudo isso para saber se essa pessoa está apta a fazer a doação de sangue, protegendo a sua saúde. Mas isso é muito simples e é relativamente rápido, em menos de 15 minutos é feita a entrevista e em outros 10, 15 minutos é feita a doação”.

A doação de sangue não interfere na saúde do doador e é atentamente ministrada para não originar uma futura anemia para o paciente. Dessa maneira, Calado ressalta a necessidade em manter os estoques dos hospitais abastecidos e válidos: “Temos que manter o estoque muito ajustado, porque a última coisa também que o Hemocentro quer fazer é desperdiçar sangue. Então todo sangue que a gente coleta, a gente quer que ele seja transfundido para salvar uma vida. Os nossos estoques têm que ser justos justamente para a gente poder ter um bom controle, não ter nenhum desperdício de nenhuma bolsa coletada e ter o suficiente para ofertar para aqueles pacientes que precisam”.

Para mais informações sobre como e onde doar sangue, o site da Fundação Pró-Sangue acumula todas as informações necessárias, desde unidades disponíveis até as restrições exigidas pelo processo.


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