O consumo de compostos isotônicos é o tema desta coluna do professor José Carlos Farah, que alerta para o fato de que esse tipo de produto não substitui uma alimentação equilibrada e que seu consumo deve ser orientado por nutricionista ou médico. Não é o que acontece, porém, uma vez que se tornou comum as pessoas ingerirem isotônicos, muitas vezes de forma equivocada. Ele observa que, nos casos de exercícios muito intensos, realizados em ambientes muito quentes, daí sim, os isotônicos podem ser recomendados para facilitar a reidratação, embora não se deva dispensar também a água nesses casos.
“O problema é que, se ingerimos compostos isotônicos sem a devida necessidade, estaremos aumentando a concentração de sais no organismo e isso pode levar à hipertensão arterial, problema nos rins e, em alguns casos, à diabete.” Já a ingestão de água não possui nenhum efeito colateral e, na grande maioria das situações em que é necessária a hidratação, ela é eficaz. Segundo Farah, há muitos trabalhos publicados em revistas e institutos renomados que questionam a necessidade de ingerir bebidas isotônicas como substitutas da água.
Há o consenso, diz o colunista, de que para aquelas atividades pouco intensas e de duração menor do que uma hora, o consumo de água é o indicado. “Acima disso, pode-se pensar em ingerir algum isotônico”, ou seja, a ingestão deve ser em casos específicos, como treinamento em busca de performance, “mas, para quem pratica atividade física pela saúde, beber água já é o suficiente”.
Corpo e Movimento
A coluna Corpo e Movimento, com o professor José Carlos Farah, vai ao ar quinzenalmente terça-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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