Treinamento adequado pode evitar as dores na canela, a popular canelite

José Carlos Farah diz que a batida constante dos pés no chão pode causar pequenas fissuras na tíbia e fíbula, os ossos da canela, daí a importância do respeito aos limites de cada indivíduo

 16/05/2023 - Publicado há 1 ano

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Não é incomum que pessoas que corram ou caminhem queixem-se de dor na canela, desconforto popularmente chamado de canelite, mas cujo nome técnico é Síndrome do Estresse Tibial Medial ou Periostite Medial da Tíbia, que pode vir acompanhada de fraturas por estresse, explica o professor José Carlos Farah. A dor é resultante do esforço excessivo no osso da tíbia e nos tecidos que prendem o osso da canela aos músculos que o rodeiam. Segundo Farah, trata-se de uma lesão ocasionada por excesso de carga e aparece quando a musculatura não suporta o esforço imposto a ela. A canelite afeta normalmente pessoas que fazem atividade física de moderada a pesada, como as praticantes de esportes de impacto constante, como a corrida, e esportes de parada e retomada, como tênis, futebol ou basquete.

Para prevenir o problema, Farah recomenda técnicas de treinamento adequadas para cada pessoa, sempre respeitando os limites individuais. É aconselhável também usar uma palmilha nos casos em que se verifica a existência de pés chatos, que alteram a forma de pisar. Melhorar a força nas musculaturas das pernas, principalmente nas panturrilhas, é outra dica. Igualmente importantes são evitar a prática de atividade em superfícies inclinadas ou terreno irregular e usar calçados adequados para corridas, trilhas ou esportes de aventura. Ainda segundo o colunista, a fadiga extrema deve ser evitada. “A Síndrome do Estresse Tibial Medial normalmente exige que se faça uma pausa de certas atividades físicas para descanso. O desconforto deve passar com alguns dias de descanso.” Se a dor não passar, vale a pena consultar um ortopedista, aconselha Farah.


Corpo e Movimento
A coluna Corpo e Movimento, com o professor José Carlos Farah, vai ao ar quinzenalmente terça-feira às 8h30, na Rádio  USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP. 

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