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O robô Annelida, que ajudará a Petrobras a reduzir perdas estimadas em bilhões de reais na substituição de dutos danificados e em lucros cessantes, foi o projeto vencedor do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2020 entregue no dia 29 de novembro, em cerimônia na cidade do Rio de Janeiro. Em sua sétima edição, concorreram 213 projetos de empresas petrolíferas e 90 instituições de pesquisa credenciadas.

Annelida é resultado da união de esforços de várias equipes e instituições de ensino e pesquisa, entre elas, membros do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), ambos da USP, e do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (Cemeai), que é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) sediados na USP em São Carlos.

Ele foi o melhor projeto na categoria 1, destinada a iniciativas desenvolvidas exclusivamente por instituição credenciada, em colaboração com empresa petrolífera, na área temática geral Exploração e Produção de Petróleo e Gás. O prêmio refere-se ao ano de 2020, cujo cronograma foi alterado devido à pandemia de covid-19.

Quando em operação, o robô Annelida atuará desobstruindo os dutos de petróleo extraído do pré-sal. O composto é retirado do solo a uma temperatura de 60 a 70 graus C, mas se resfria ao passar pelo oceano, em percurso de até 7 quilômetros, podendo chegar à temperatura de quatro graus. Esse resfriamento faz com que o óleo se solidifique e libere hidratos e parafinas, que aderem à parede do duto.
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A complexidade do projeto exigiu das instituições parceiras, somente na primeira fase, o desenvolvimento de 14 novas tecnologias, tais como sistemas de computação embarcada com falha segura, de lançamento para zonas classificadas por explosividade e de locomoção com autotravamento. Atualmente o projeto está na fase 2, que prevê a realização de testes em campo.

“Cada uma dessas equipes trabalha em uma parte do desenvolvimento do robô. A nossa responsabilidade é garantir a confiabilidade do sistema (Análise de Risco), utilizando técnicas da Engenharia, Matemática Aplicada e sobretudo, Estatística”, explicou Francisco Louzada Neto, professor do ICMC e coordenador de transferência de tecnologia do Cemeai que integra a equipe.
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Para Louzada o prêmio é um importante reconhecimento do trabalho que vem sendo desenvolvido, em uma estrutura multidisciplinar, pelo Grupo de Modelagem de Risco do Cemeai-ICMC, junto a grupos de pesquisa do Senai de Florianópolis, em Santa Catarina, do Senai de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e da Petrobras, mostrando o potencial de inovação da invenção.

Criado em 2014, o Prêmio ANP tem como objetivo reconhecer e premiar os resultados relacionados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), que representem inovação tecnológica de interesse do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, desenvolvidos no Brasil por instituições de pesquisa credenciadas pela ANP, empresas brasileiras e empresas petrolíferas, com utilização total ou parcial de recursos provenientes da Cláusula de PD&I presente nos contratos de Exploração e Produção (E&P).

Além de Louzada, participam do projeto José Alberto Cuminato, professor do ICMC e diretor do Cemeai; Vera Tomazella, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Oscar Maurício Hernandez Rodriguez, professor da EESC; além de vários alunos de pós-doutorado e doutorado do ICMC.

Confira a cerimônia de entrega do prêmio neste link.

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Texto adaptado de Raquel Vieira – Comunicação CeMEAI

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