O desafio no combate do trabalho infantil num mundo globalizado

No Brasil, calcula-se que 5 milhões de crianças e jovens entre 5 e 17 anos trabalhem, número que Pedro Dallari considera expressivo

 31/08/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 17/04/2017 as 16:11

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Foto: Arquivo/Agência Brasil
Foto: Arquivo/Agência Brasil

“Um dos desafios para a afirmação da cidadania, no plano global, é o combate ao trabalho infantil e a adoção, em escala universal, de medidas que coíbam essa atividade.” A afirmação é do colunista Pedro Dallari, que escolheu como tema de sua coluna semanal para a Rádio USP o trabalho infantil, ainda uma realidade num mundo globalizado. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima em 170 milhões o número de crianças e jovens de até 17 anos exercendo algum tipo de trabalho no mundo – cerca de 10% da população mundial englobada por essa faixa etária.

Muito mais grave, de acordo com Dallari, é que muitas delas trabalham em um contexto de exploração, num processo que vai desde o trabalho escravo até o uso de crianças em conflitos armados, passando por atividades como pornografia ou prostituição e tráfico de drogas.

Por sorte, hoje já se tem uma consciência global de que as crianças devem ter a garantia do pleno desenvolvimento de suas capacidades, o que pressupõe direitos como a escolaridade, o lazer e o atendimento à saúde. À criança devem ser asseguradas as condições para o seu desenvolvimento físico e intelectual, a fim de que possa entrar no mercado de trabalho em plena posse de sua maturidade. “Qualquer medida de valor de uma sociedade tem de levar em conta a situação de suas crianças”, afirma Dallari.

 


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