Indígenas amazônicos estão morrendo na cidade

Para Maria Fernanda Ribeiro, falta de notificação dessas mortes dificulta conhecimento de consequências da pandemia nas populações indígenas brasileiras

 27/05/2020 - Publicado há 4 anos
Logo da Rádio USP

O Ambiente é o Meio desta semana fala sobre a situação dos povos indígenas da Amazônia em meio à pandemia do novo coronavírus. A convidada é a jornalista Maria Fernanda Ribeiro, que estuda os povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas da Amazônia. 

Desrespeitos às demarcações, garimpeiros, desmatamento e a nova realidade da pandemia preocupam a estudiosa dos povos indígenas do Brasil. Maria Fernanda Ribeiro diz que a ausência de fiscalização aumentou e “potencializou a calamidade desde a questão de fome, por não poder saírem das aldeias, até as invasões de garimpeiros e madeireiros”.

+ Mais

“Diálogos na USP” discute a situação dos povos indígenas na pandemia

A jornalista ressalta que os indígenas têm solicitado a real notificação dos infectados pela covid-19 nas aldeias, que é feita pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Porém, continua Maria Fernanda, os números refletem apenas os casos das aldeias, enquanto existem muitos indígenas morrendo nas cidades. Estes casos, alerta, “não estão entrando nas estatísticas e, assim, nunca será sabida a consequência da pandemia para os povos indígenas de todo o Brasil”. 

 


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.