Além de debater futuro do Minhocão, Prefeitura deve adaptá-lo para lazer hoje

Para o professor Nabil Bonduki, relator do Plano Diretor Estratégico de São Paulo, foco da Prefeitura deveria ser criar melhores condições para os cidadãos que já utilizam o Minhocão como espaço de lazer

 08/10/2019 - Publicado há 5 anos

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Na edição de Cotidiano na Metrópole desta semana, o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, discute o presente e o futuro do Minhocão, em São Paulo. Na última semana, por uma decisão da Justiça de São Paulo, foi derrubada uma liminar que suspendia a criação do Parque Minhocão.

“O Minhocão é uma ligação viária implantada nos anos 1970, que liga a zona oeste de São Paulo com o centro e a zona leste”, explica o professor ao lembrar que a obra foi, por muito tempo, considerada uma “cicatriz nos bairros da Bela Vista, Bixiga e Liberdade”.

A transformação do elevado João Goulart no chamado Parque Minhocão foi suspensa pelo Tribunal de Justiça em junho deste ano, para atender a um pedido do Ministério Público de ação direta de inconstitucionalidade.

Bonduki, que foi relator do Plano Diretor Estratégico de São Paulo aprovado em 2014, e possui artigo que decretou o fim do Minhocão para uso dos carros até 2029, acredita que, a partir de agora, o foco deve ser criar melhores condições para quem usa o Minhocão. O local ainda não tem seus acessos facilitados para, por exemplo, entrada de bicicletas e cadeirantes.

“Ao invés de se pensar na implantação parcial do parque, como a Prefeitura está propondo, hoje o mais importante é adequar o espaço às necessidades  de quem já o utiliza”, com mais acessibilidade, mais equipamentos, como banheiros e lugares para se fazer pequenas refeições, e mais segurança.

Ouça mais no áudio acima da coluna Cotidiano na Metrópole.


Cotidiano na Metrópole
A coluna Cotidiano na Metrópole, com o professor Nabil Bonduki, vai ao ar quinzenalmente às quinta-feira às 9h00, na Rádio  USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção a Rádio USP,  Jornal da USP e  TV USP.

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