Nos últimos 200 anos, a ação humana sobre o planeta aumentou as emissões de CO2 em 40%, acabando com uma estabilidade mantida por 800 mil anos. O Ciência USP ouviu o climatologista Tércio Ambrizzi, coordenador do Incline – Núcleo de Apoio a Pesquisa em Mudanças Climáticas da USP. Tércio comenta a recente saída dos EUA do acordo de Paris e acredita que, agora, as metas estão muito mais distantes de serem alcançadas.
[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=iudzRKL2qQs[/embedyt]
Ciclo Rápido
Baseado em dados paleoclimáticos, Ambrizzi conta que as emissões de CO2 mantinham-se estáveis ao longo de 800 mil anos. Porém, em um curto período de tempo, um aumento sistemático nas emissões elevou não apenas a temperatura, mas aumentou os gases de efeito estufa na atmosfera e disparou outros sistemas meteorológicos. Como exemplos, Ambrizzi menciona a diferença do comportamento de ventos, em determinadas regiões, e a influência no regime de precipitação. “Então, para se adaptar a essas novas temperaturas, o clima e o tempo têm sido muito mais variados”, alerta.