Obras do acervo da USP compõem “Tarsila Popular”, no Masp

“O Mamoeiro” e 12 desenhos da artista modernista estão na mostra que será inaugurada nesta quinta-feira, dia 4

 02/04/2019 - Publicado há 5 anos
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A tela O Mamoeiro e 12 desenhos de Tarsila do Amaral (1886-1973), pertencentes ao acervo do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, fazem parte da exposição Tarsila Popular, que será inaugurada nesta quinta-feira, dia 4, no Museu de Arte de São Paulo (Masp). No total, serão apresentadas 92 obras da artista. Um dos destaques é Abaporu, a mais famosa pintura a óleo de Tarsila, que estava em exposição no Museu de Arte Latino-Americano, de Buenos Aires, na Argentina, e volta a São Paulo depois de 11 anos. A mostra fica em cartaz de 5 de abril a 23 de junho de 2019, no Masp (Avenida Paulista, 1.578, em São Paulo, telefone 11 3149-5959).

O Mamoeiro, de 1925, da fase Pau-Brasil, é uma das obras do acervo do IEB que estarão no Masp – Foto: Reprodução IEB

Tarsila Popular busca apresentar a relação de Tarsila com uma ideia de popular e uma ideia de identidade popular, como afirma o curador da exposição, Fernando Oliva, em entrevista à radialista Miriam Ramos, apresentadora do programa Via Sampa, da Rádio USP (93,7 MHz), transmitida no dia 27 de março. “Assim que voltou da França, no contexto do primeiro Modernismo, Tarsila se deu conta de que precisava mostrar algo de brasileiro na obra dela, que naquele momento estava ligado especialmente a uma noção de popular na arte, na cultura e na sociedade brasileira”, destaca Oliva, que é doutor em Crítica e História da Arte pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. “É isso o que a gente vai ver na mostra.”

O Mamoeiro é uma obra da fase artística de Tarsila conhecida como Pau-Brasil, que se caracteriza por telas de cores fortes, temas tropicais e a presença de personagens tipicamente brasileiros. Ela retrata a ocupação dos morros das cidades brasileiras pelas camadas populares da população.

Já os desenhos foram produzidos em 1924 e retratam paisagens das cidades históricas de Minas Gerais, como Ouro Preto, Tiradentes e Congonhas, visitadas por Tarsila naquele ano, ao lado dos modernistas Oswald de Andrade – seu marido -, Mário de Andrade e Menotti del Picchia, além do poeta franco-suíço Blaise Cendrars.

Ouça no link acima a íntegra da entrevista do curador Fernando Oliva no programa Via Sampa.


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