
Margaret de Castro e Rui Alberto Ferriani tomaram posse na sexta-feira, 15 de julho, como a nova diretora e o novo vice-diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. A cerimônia foi realizada no Centro de Convenções de Ribeirão Preto.
O ex-vice-diretor Helio Cesar Salgado abriu a cerimônia parabenizando e desejando sucesso aos novos dirigentes. Em seguida, o novo vice-diretor, Rui Alberto Ferriani, falou sobre a trajetória da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e da importância de seu primeiro diretor, Zeferino Vaz, “um homem visionário, sensível às necessidades de uma sociedade que começava a delinear o tipo de serviço de saúde que gostaria de receber, e que veio determinado a criar uma escola médica de destaque e não apenas mais uma escola médica”.
Em seu discurso de posse, Margaret de Castro reafirmou a necessidade de criar condições para a flexibilização do currículo, redução das cargas horárias de disciplinas e racionalização dos conteúdos. “Os focos principais de nossa atenção quanto à graduação serão a implementação do Plano Permanente de Desenvolvimento e Capacitação Docente e o fortalecimento e ampliação do Centro de Avaliação de Ensino de Graduação, com a criação de estrutura permanente de avaliação de disciplinas e dos estudantes”, afirmou a nova diretora.
Centro de Captação de Recursos

Outro tópico de destaque em seu discurso foi o da criação de um Centro de Captação de Recursos que terá o objetivo de buscar alternativas de financiamento externo, junto à sociedade civil, para financiar projetos institucionais e, com outras medidas, aumentar as oportunidades e o fortalecimento da pesquisa.
A nova diretora também falou da necessidade de estimular a pós-graduação e a pesquisa – dois pilares de prestígio para a faculdade -, sobre a internacionalização, a importância da implantação do mestrado profissional e as atividades de extensão.
“Entendo que o dirigente acadêmico desempenha múltiplos papéis e um dos mais importantes é o de mediador. Conflitos são naturais em instituições complexas como as acadêmicas e a busca de melhores formas de resolvê-los é dever dos seus dirigentes. Teremos de enfrentar vários óbices, mas cuidaremos para que eles não venham pôr em risco os valores éticos e científicos que fizeram da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto esse modelo de instituição acadêmica, de grande tradição e de marcada contribuição histórica à educação superior do nosso país. Trabalharemos pela nossa escola com fidelidade aos seus princípios e, dessa forma, esperamos contribuir para a sua autonomia e dignidade. Para isso, convocamos a todos, estudantes, servidores e docentes, para juntos respondermos aos desafios que se nos apresentam”, declarou a diretora.
Formar profissionais e cidadãos

O reitor Marco Antonio Zago afirmou estar muito honrado em presidir uma cerimônia de posse de sua faculdade de origem. “Aqui eu ingressei em 1965 e, além de medicina, eu aprendi o que é uma universidade, quais são os princípios que presidem a investigação científica e quais são nossas responsabilidades com relação ao ensino”, disse.
Zago lembrou que, como todas as unidades da USP, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto tem que ter a consciência de seu papel como educadora. “Esta faculdade sempre se orgulhou de formar profissionais de excelência técnica e não poderia ser diferente, considerando a qualidade de seu corpo docente, a qualidade dos seus alunos e de seus técnicos e pessoal administrativo, mas temos obrigações adicionais em relação aos nossos alunos. A ênfase na postura ética, no respeito à diversidade de ideias, na responsabilidade para a construção de uma sociedade mais justa e humana deve perpassar toda a vida acadêmica, estendendo-se para além da sala de aula. Formar profissionais, gestores e políticos que sejam cidadãos comprometidos com a ética e com o bem comum é uma tarefa muito mais difícil e complexa do que graduar estudantes que serão bem-sucedidos nos exames profissionais ou concursos”, defendeu o dirigente.
O reitor também celebrou o fato de o cargo de diretor da FMRP ser ocupado, pela primeira vez, por uma mulher. Segundo ele, “esse é mais um indicador do progresso que a Universidade faz para garantir a igualdade de gênero dentro de seus muros, embora reconhecemos que ainda resta muito a ser feito. É diretriz de toda a Administração da USP e de suas unidades a tolerância zero para abusos contra as mulheres e contra a diversidade de gênero e étnica”.
Assessoria de imprensa da USP