Nesta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajustes tarifários de energia para 13 distribuidoras, todos acima de 9% e podendo chegar a 24%. Para esclarecer que fatores levaram ao aumento acima da inflação e a perspectiva para o futuro, o Jornal da USP no Ar conversa com Pedro Luiz Côrtes, livre-docente da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (Procam) do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, coordenador da Rede Mundial de Estudos sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade e criador, no Youtube, de O Ambiente é o nosso meio.

Para a Aneel, a escassez hídrica é a principal responsável pelos reajustes das tarifas praticadas pelas distribuidoras. Côrtes lembra que a agência projetou a tarifa, acreditando que 95% das situações seriam cobertas com a elevação, mas o cenário atual superou a expectativa. A energia termelétrica, que é mais cara, foi utilizada além do que tinha sido previsto. O professor reforça que o problema pode piorar pela falta de chuvas, que continuará até meados da primavera.
Segundo Côrtes, este semestre poderá ser semelhante ao que houve há quatro anos, com a distribuição irregular de chuvas e com a elevação da temperatura, o que poderá atrasar a recomposição dos mananciais. Com o clima mais quente, a demanda pela utilização de energia elétrica de aparelhos de ar condicionado ampliará consideravelmente.
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