Violência contra a mulher ainda é o principal desafio

Segundo a professora Eva Blay, o caminho é ensinar desde a infância o respeito às mulheres

 08/03/2018 - Publicado há 6 anos

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Apesar da forte presença das mulheres em todas as esferas, ainda falta muito para que exista uma equidade de gênero nos cargos mais altos, tanto na Universidade quanto na política. A professora Eva Blay, que criou o primeiro curso de graduação e de pós-graduação sobre a mulher na USP, fundou o Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero e atualmente é coordenadora do USP Mulheres, falou sobre os obstáculos a serem enfrentados.

Para Eva Blay, a violência é o principal desafio. Vários instrumentos foram criados, como a Delegacia da Mulher, o incentivo à denúncia, mas continua sendo um problema muito difícil de lidar e resolver. Na opinião da professora, para mudar essa cultura,  precisamos mudar muitas coisas, sobretudo, ensinar aos homens, desde pequenos, que eles precisam respeitar as mulheres.

Na questão política, o Brasil ainda está atrasado em termos de equidade. Se comparado a outros países da América Latina, temos muito menos mulheres representantes. Eva Blay conta que, na base dos partidos, há um número elevado de mulheres inscritas. No entanto, na hora de obter uma legenda, essas mulheres não têm condições de enfrentar a burocracia interna. Dessa forma, fica difícil chamar a atenção do eleitor e, principalmente, da eleitora. O que depois se reflete em pouca representatividade feminina.

Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

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