Luli Radfahrer, professor de Comunicação Digital da Escola de Comunicações e Artes da USP, fala, nesta edição de sua coluna, sobre o problema das fake news (notícias falsas).
Segundo ele, o tema deve receber atenção especial graças à proximidade das eleições, que acontecerão em 2018. De acordo com o especialista, um ambiente onde exista um baixo nível de informação é propício para o surgimento de fofocas e boatos que ajudem certa pessoa a se eleger ou prejudiquem determinado candidato. Sempre deve haver uma preocupação com a procedência da notícia.
A origem desse tipo de informação costuma ser, de acordo com Radfahrer, as redes sociais. Para evitar sua disseminação, uma sugestão do colunista é a contratação de navegadores que cortem e tirem do ar postagens que contenham fake news ou ainda descadastrem as contas dos usuários que as publicam. Dessa forma, seria criada uma demonstração física de que produzir notícias falsas na internet é uma má ideia.
Além disso, o professor argumenta que, apesar de complicado, esse trabalho é possível de ser colocado em prática – afinal, já existe uma espécie de moderação nas redes sociais para evitar a transmissão de imagens e vídeos pornográficos ou de certos tipos de discursos de ódio no Facebook. Segundo o especialista, o mesmo deve ser feito em relação às notícias falsas.
Ouça o áudio da coluna acima.