Atualizado 4 de julho, às 20h43
Nesta terça-feira, 4 de julho, o Conselho Universitário (Co) da USP aprovou a criação de um novo curso de Medicina. Ele será vinculado à Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP e oferecerá 60 vagas no vestibular 2018, sendo 42 vagas via Fuvest e 18 pelo Sisu.
Durante a reunião, o reitor Marco Antonio Zago assumiu o compromisso com os conselheiros de que o curso será implantado concomitante à formalização de convênio com Secretaria de Estado da Saúde, que assumiria o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC), mais conhecido como Centrinho, a partir de 2018. A USP ficaria apenas com a gestão acadêmica do hospital. A cessão deverá ser formalizada por meio de um convênio.
Juntamente com a FOB, o Centrinho integra o campus da USP em Bauru e é especializado na reabilitação de pessoas com fissuras labiopalatinas, anomalias congênitas do crânio e da face, síndromes associadas a essas malformações e distúrbios da audição. Ele atende exclusivamente a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e é referência mundial na área.
De acordo com diretora da FOB e do Centrinho, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado, o hospital será utilizado para o ensino e pesquisa dos estudantes do novo curso de Medicina, assim como ocorre, atualmente, com alunos dos cursos de Fonoaudiologia e Odontologia da USP em Bauru.
O Centrinho é formado por duas unidades. A primeira concentra os 91 leitos e 200 consultórios. A unidade II é um prédio de 11 andares, com uma área total de aproximadamente 22 mil metros quadrados e está sendo utilizado apenas parcialmente – apenas o térreo e mais três andares estão ocupados.
Com a parceria, a Universidade deixaria de gastar mais de R$ 2 milhões com a manutenção do hospital, segundo dado apresentado por Maria Aparecida. Caso a secretaria responda pelo espaço, Bauru ganharia 220 novos leitos que poderiam ser instalados na unidade II. Hoje, o Centrinho tem 69 mil pacientes ativos.
Novo curso de Medicina
De acordo com o pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes, o curso é para atender a uma grande demanda pelos cursos de Medicina da Universidade. Atualmente, os cursos de São Paulo e Ribeirão Preto somam 350 vagas e são as duas carreiras mais concorridas da Fuvest.
A proposta é aumentar gradativamente o número de vagas no curso oferecido em Bauru, com 80 vagas em 2020 e 100 vagas a partir de 2021.
“Esse curso será apoiado em metodologias ativas, ou seja, um projeto pedagógico centrado no estudante e com o professor como facilitador e mediador do processo de aprendizagem”, disse Hernandes.