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Dados epidemiológicos apontam para uma melhora da situação da pandemia no Estado de São Paulo em fevereiro. Mas atenção: ainda não é hora de baixar a guarda contra a covid-19, alerta o médico Paulo Rossi Menezes, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e membro da Comissão Assessora de Saúde da Reitoria da Universidade.
“Esse vírus tem mostrado uma capacidade de se adaptar e driblar as proteções que nós vamos criando de uma forma bastante impressionante. Então, não acabou a pandemia”, destacou o professor, em sua participação no Boletim USP-Covid, um novo programa do Canal USP no Youtube, que traz informações atualizadas semanalmente sobre a covid-19 e sobre ações institucionais de pesquisa e enfrentamento da pandemia. A partir desta semana, também, a Comissão Assessora de Saúde passará a divulgar boletins epidemiológicos periódicos para a comunidade USP, com dados e orientações sobre a evolução da pandemia no Estado de São Paulo.
Dados oficiais referentes ao início de fevereiro mostravam uma redução no número de internações por covid-19 no Estado, apesar de os números de casos e óbitos ainda apresentarem tendência de alta no cenário nacional. “Felizmente, passamos o pico da ômicron, que foi no meio de janeiro, praticamente, e agora caminhamos para uma situação de maior tranquilidade com relação a isso”, avaliou Menezes — lembrando que os números de casos e óbitos têm um atraso maior em relação aos de internações hospitalares, porque são dados compilados pelo Ministério da Saúde e não pela Secretaria de Estado da Saúde.
Menezes ressaltou a importância da vacinação como medida primordial de enfrentamento da pandemia, assim como a necessidade de manutenção das medidas básicas de proteção não farmacológicas: uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento social. A ômicron é uma variante extremamente transmissível do vírus da covid-19 e, apesar de ser aparentemente menos agressiva do que algumas de suas antecessoras, “a gente não pode subestimar o potencial que ela tem de causar quadros graves”, inclusive em pessoas vacinadas, alertou o médico.
Por fim, Menezes enfatizou a importância crucial da vacinação de crianças, tanto para a saúde individual delas quanto para a proteção coletiva da sociedade, já que elas também contribuem para a transmissão do vírus. “As vacinas são muito seguras”, disse. “A chance de uma criança ter problemas porque ficou com covid-19 é muito maior do que a chance de ela ter alguma complicação porque foi vacinada; então é essencial que todas as crianças sejam vacinadas.”
O Boletim USP-Covid vai ao ar toda segunda-feira, às 18 horas, no Canal USP do YouTube. Clique no player abaixo e confira: