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As tecnologias de informação têm demandado soluções que possibilitem manipular a polarização, as propriedades de reflexão e a transmissão da luz, permitindo assim a comunicação ultrarrápida via luz.
Recentemente, um grupo de químicos da Universidade Nova de Lisboa, liderado pela professora Maria Helena Godinho, produziu filmes de nanocristais de celulose com propriedades ópticas excepcionais, semelhantes àquelas do mais brilhante dos besouros, o Plusiotis resplendens, que reflete a luz de formas variadas: são iridescentes, refletem seletivamente a luz polarizada à esquerda e transmitem luz circularmente polarizada à direita.
Desenvolvido em parceria internacional, o filme embebido em cristal líquido utiliza os cristais fotônicos, que permitem ou barram a luz incidente num dispositivo, funcionando essencialmente como “diodos ópticos”.
As propriedades ópticas desses filmes foram incrementadas por meio de intumescimento, ou seja, com a colocação de um cristal líquido na estrutura do filme. O mais interessante é que essas propriedades ópticas podem ser “sintonizadas” por meio da aplicação de campo elétrico no material, variando a sua temperatura.
Toda essa caracterização estrutural, com o uso da técnica de espalhamento de raios X a baixos ângulos, foi feita no laboratório do Grupo de Fluidos Complexos do Instituto de Física (IF) da USP. Entre os pesquisadores do IF envolvidos estão os professores Cristiano de Oliveira e Antônio Martins Figueiredo Neto, além do mestre em ciência Dennys Reis.
O trabalho originado desse estudo foi publicado em novembro último na revista Advanced Materials e virou matéria de capa da edição on-line de janeiro de 2017.
Assista a seguir ao vídeo do Núcleo de Divulgação Científica da USP que explica detalhadamente o desenvolvimento e funcionamento do dispositivo:
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.Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP
Mais informações: (11) 3091-6830 ou e-mail afigueiredo@if.usp.br, com o professor Antônio Figueiredo Neto