Na edição de Cotidiano na Metrópole desta semana, o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, discute a importância do adensamento urbano, como é conhecido o fenômeno de concentração populacional ou a chamada concentração de edificações em determinadas áreas das cidades.
Para o professor, “não resta dúvida de que é importante se garantir uma possibilidade mais densa, mais compacta, ou seja, uma cidade que se espraia menos em direção às zonas rurais”. De acordo com Bonduki, preservar a zona rural, o cinturão verde em torno das cidades, e limitar seu crescimento horizontal é “muito importante” para que se possa ter distâncias mais curtas entre os locais de trabalho e os lares.
Entretanto, Bonduki defende que o adensamento não quer dizer “verticalização sem limites”, prédios altos isolados em meio a casas são indesejáveis, como, por exemplo, o edifício Figueira Altos do Tatuapé, localizado na zona leste, aprovado com as regras anteriores ao Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo, que se tornou o mais alto da cidade.
Pensando nisso, o urbanista defende que, durante a futura discussão envolvendo o PDE, será necessário revisitar as flexibilizações como a deste e de outros edifícios, que descaracterizam propostas previstas pelo plano e que Bonduki não considera positivas para a capital.
Cotidiano na Metrópole
A coluna Cotidiano na Metrópole, com o professor Nabil Bonduki, vai ao ar quinzenalmente às quinta-feira às 9h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção a Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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