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O tema da coluna do professor Pedro Dallari desta semana são as eleições recentes realizadas no México, na África do Sul, na Índia e no Parlamento Europeu. “O impacto dessas eleições é grande, porque, se somarmos a população desses três países, México, África do Sul e Índia, e a população do Parlamento Europeu, estamos falando de quase um quarto da população do mundo”, explicou.

Segundo Dallari, no México, com a eleição de Claudia Sheinbaum, houve uma continuidade da força política que estava no poder. Na Índia, que acabou de realizar a maior eleição do mundo, a coalizão liderada pelo primeiro-ministro Narendra Modi venceu as eleições do país, porém, com menos votos que o esperado. Após perda histórica nas eleições da África do Sul, o partido de Nelson Mandela terá que disputar a presidência com a oposição.

Em relação ao Parlamento Europeu, o professor considera que, embora haja identificação da ascensão da extrema-direita na Alemanha, na França e na Itália, somando os 27 países que compõem a União Europeia, as cadeiras se mantiveram estáveis com o Parlamento majoritariamente de centro-direita. Sobre o fato de os analistas considerarem que essa eleição foi um avanço da extrema-direita, Dallari afirma que “dentro dos diversos países que compõem a União Europeia, na Escandinávia e na Península Ibérica as forças de extrema-direita retrocederam. Como na França e na Alemanha elas cresceram, elas têm gerado essa visão de fortalecimento da extrema-direita”.

“É preciso verificar também em que medida essas forças, mesmo mais conservadoras, implicam numa ruptura com a democracia. Eu não creio nisso. A gente pode não gostar dos resultados, mas eleições livres são a grande força da democracia e cabe àqueles que venceram reconhecer a responsabilidade que têm e àqueles que foram derrotados procurarem verificar porque foram derrotados, ao invés de colocarem a culpa em grandes conspirações”, conclui.

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