O Saúde sem Complicações desta semana recebe a fonoaudióloga Tatiane Cristina Gonçalves, do Hospital Estadual de Ribeirão Preto, do Complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e da Maternidade Sinhá Junqueira, para falar sobre gagueira. Esse é um involuntário distúrbio da fala que atinge cerca de 5% das 7,6 bilhões de pessoas no mundo. Entretanto, apenas 1% continua com o problema na idade adulta. Ela ainda fala sobre tratamento e causa.
No programa, Tatiane afirma que esse problema na infância é igual para meninos e meninas, mas na fase adulta atinge 3,4 homens para cada mulher. Esse distúrbio pode se apresentar como repetição de sílaba, da palavra ou do som inicial; prolongamento do som; ou quando o som não sai. “Também podem aparecer outros sintomas como piscar os olhos, bater as mãos, bater os pés no chão, tudo ligado à questão emocional, por isso, pode ser necessário auxílio psicológico.”
Ela ainda explica que no diagnóstico é preciso quantificar o grau de gagueira. Na infância é possível falar em recuperação, mas na fase adulta o profissional realiza o tratamento com exercícios que melhorem o distúrbio. Além disso, o tratamento precisa de planejamento terapêutico e é individualizado. “Não existe uma pessoa que gagueja igual a outra.”
Entre os fatores de risco estão o histórico familiar; homens pela maior prevalência; dificuldade de comunicação; problemas emocionais; e também traumas que afetam a parte cerebral, como o AVC e traumatismo craniano.
Por: Giovanna Grepi