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O programa Ambiente É o Meio desta semana entrevista a professora Maria Lúcia de Moura Campos, do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, que fala sobre queimadas.
As partículas são dispersas na atmosfera, atingindo elevadas altitudes, mas no caso de haver inversão térmica, essa camada de mistura do ar fica reduzida, e “a contaminação vai ficando mais concentrada”, conta.
Ela explica que em Ribeirão Preto, além dos incêndios agrícolas existe grande número de focos urbanos com queima de lixo ou restos de podas de árvores, por exemplo. Com essa prática, materiais como plásticos, que possuem compostos de cloro, liberam toxinas e a queima de biomassa, compostos cancerígenos. “Esse fenômeno tem importante papel da população, que não vê dano na queima de lixo ou poda porque não tem o conhecimento.”
A professora Maria Lúcia analisou a quantidade de focos de incêndio por ano, num raio de 600 quilômetros da cidade de Ribeirão Preto. Em 2014 eram 20 mil; em 2015, 14 mil; e em 2016, 16 mil. Ela explica que não acontece a queda contínua e há troca de um tipo de queima por outro.
No programa, ela também fala sobre o ozônio, um oxidante forte e que causa malefícios ao sistema respiratório. Quando formado nas altas camadas da atmosfera, o ozônio nos protege contra os raios ultravioleta, mas quando respiramos esse gás, isso pode trazer problemas à saúde. O ozônio é formado com mais eficiência quanto mais seco estiver o ar, e quanto maior for a radiação solar. Exatamente as condições que estamos vivendo neste inverno.
Por Giovanna Grepi