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A Prefeitura Municipal planeja ampliar a margem esquerda da Marginal Pinheiros, no canal do rio Jurubatuba, algo a ser lamentado, na opinião de Raquel Rolnik, pois “a cidade está prestes a perder uma das suas últimas áreas verdes junto ao rio Pinheiros, uma área que já foi marcada em todo planejamento da cidade, inclusive no Plano Diretor, nos planos regionais,  para ser um parque, um grande parque da cidade, porque é uma área de 130 hectares, com sete quilômetros de extensão, e que agora a Prefeitura de São Paulo resolveu – e já está com a licitação aberta, sem ter inclusive um projeto executivo pronto – fazer a ampliação da Marginal do rio Pinheiros ali aonde ela para”.

Para a colunista, trata-se de um erro “multiplicado, no mínimo, por três. Em primeiro lugar, nós estamos no mundo inteiro discutindo novas formas de ocupação do espaço urbano e entre elas trabalhar os rios, deixar as suas margens, não impermeabilizar tudo, enfim, trabalhando claramente no sentido de abrir espaços e soluções baseadas na natureza para esse aumento de precipitações de chuva, essa mudança climática”.

O segundo erro que ela aponta abrange a questão do transporte e da mobilidade da cidade. “Já está mais do que provado de que fazer mais avenidas, ampliar avenidas, só piora o trânsito e não melhora, vai atraindo mais carros, e que a solução é transporte coletivo de massa, é mais metrô, é mais transporte sobre trilhos e é isso que deveria ser o foco da nossa política de transporte. E, finalmente, em terceiro lugar, a gente imaginar que vamos deixar de ter um parque, um parque que já teve uma luta da população no local, na região que vai desde a Billings até o canal do Guarapiranga, um potencial enorme de criar uma grande área de lazer, e no lugar nós vamos fazer mais do mesmo, mais do erro. Para quê? Para poder promover essa licitação bilionária que vai custar 1,7 bilhões para a cidade? Tem uma campanha, um abaixo assinado rolando sobre isso e você pode se informar melhor assinando e procurando esse abaixo assinado”.

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