

Dentre as muitas áreas verdes de São Paulo, há aquelas reconhecidas como tais – o Parque Villa Lobos, Ibirapuera e unidades de conservação – e há também outras tantas que não chegam a contabilizar nos dados. Foi isso que um grupo do Centro de Estudos da Metrópole da Universidade de São Paulo quis mudar. Para representá-lo, o pesquisador José Donizete Cazzolato comenta o projeto. Foram levantadas as áreas verdes, ou seja, áreas com solo permeável e com relativa arborização, que não estão contabilizadas em agrupamentos. O projeto final do estudo pode ser encontrado aqui.
As áreas
As áreas utilizadas para o estudo variaram bastante. José Cazzolato dá o exemplo do contraste entre o Villa Lobos e a Cidade Universitária. O primeiro é um parque estadual, enquanto o campus universitário da USP não contabiliza oficialmente como um parque, apesar de ter muitas características de um. O projeto consistiu em reunir essas áreas verdes, “desde uma área militar até uma de produção de vacinas [como o Instituto Butantan]”, ele exemplifica, complementando que foram usadas “não qualquer área, mas as mais significativas”.
Para dar uma referência, ele fala de áreas a partir de 10 mil metros quadrados. Ressalta, porém, que não foi criado um método muito rígido, partindo mais para o bom senso e casos concretos.
Aplicações
O uso desse estudo pode ter impacto nas áreas de geografia e estudos sociais. Basta passar as informações para uma base georreferenciada que os dados poderão ser utilizados para outros projetos.
O pesquisador dá algumas ideias de aplicações: “Podemos fazer medições, correlações dimensionais e podemos relacionar, por exemplo, se têm áreas de ocupação mais precárias, áreas de assentamentos precários próximas das áreas verdes”. Assim, é possível ter medidas e referências mais precisas para o fenômeno que se estuda.
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