Postura digital influencia reações nas redes sociais

O colunista Luli Radfahrer explica que mudar de postura exige muito esforço, por isso os comentários em redes como o YouTube, que são mais utilizadas em posturas relaxadas, tendem a ser negativos

 28/05/2021 - Publicado há 3 anos

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Em sua coluna Datacracia, o professor Luli Radfahrer comenta a postura digital, ou seja, nossa postura quando utilizamos aparelhos eletrônicos. A postura digital tem relação com o tipo de aplicativo que está sendo usado e costuma ser dividida em dois tipos: inclinado para a frente, em estado de atenção, e inclinado para trás, em que a pessoa está relaxada. Quando o aplicativo demanda concentração, o usuário costuma ficar inclinado para a frente, o contrário ocorre quando o aplicativo não demanda tanta atenção.

“É importante entender isso porque mudar de postura é muito incômodo”, afirma Radfahrer. “Se você está completamente relaxado, e de repente tem que ficar atento, isso demanda um esforço enorme”, acrescenta. Para o professor, esse é um dos problemas dos carros autodirigíveis, nas situações em que o motorista estiver relaxado, encostado no banco, e precisar frear ou mudar de direção rapidamente.

A postura digital também tem relação com os comentários agressivos em redes sociais, como o YouTube. Radfahrer comenta que, quando assistimos a um vídeo nessa plataforma, estamos relaxados, com a postura para trás. “Se você se irritou com o vídeo a ponto de se inclinar para a frente e mudar de postura, então você tende a gastar essa frustração pelo excesso de energia no comentário”, diz. “Por isso, um comentário do YouTube tende a ser extremo”, explica.


Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.

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