Mercosul completa 30 anos com futuro incerto

O professor Alberto do Amaral diz ser necessária “a disposição de trabalhar em conjunto com um organograma e a nomeação de uma autoridade para tratar das questões agrícolas, sanitárias e fitossanitárias e meio ambiente”

 11/05/2021 - Publicado há 4 anos
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Quando há exatamente 30 anos os presidentes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai assinaram o tratado fundador do Mercosul em Assunção, a América do Sul era um mundo completamente diferente. As nações tinham passado por décadas de ditaduras militares brutais. Apesar da proximidade geográfica, os quatro países não tinham muito em comum. Brasil e Argentina foram o núcleo inicial da aliança e, através dessa relação, foi possível a cooperação entre os dois países, chegando depois Uruguai e Paraguai ao bloco.

A finalidade orientadora do Mercosul era a inserção em uma economia globalizada, em um momento que o mundo progredia a passos rápidos e a grande questão era inserir-se nessa economia; 30 anos depois, o Brasil “tem relacionamentos diplomáticos extremamente complicados com a União Europeia, Estados Unidos, países árabes e, principalmente, com a Argentina, entre outros”, avalia.

Segundo o professor Alberto do Amaral Jr., “é necessário primeiro a disposição de trabalhar em conjunto com um organograma de trabalho. É importante ter uma autoridade para tratar das questões agrícolas, sanitárias e fitossanitárias, a existência de uma administração internacional da hidrovia Paraná-Paraguai e a criação de uma autoridade para cuidar das questões ambientais do bloco”, conclui.


Um Olhar sobre o Mundo
A coluna Um Olhar sobre o Mundo, com o professor Alberto Amaral, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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