Secas prolongadas, chuvas intensas, desmoronamentos já são reflexos perceptíveis das mudanças climáticas ao redor do globo. Nas cidades, se encontram não só problemas, mas também soluções. Apesar de atingidas por enchentes, águas contaminadas e transmissão de doenças, elas são os centros de iniciativas inovadoras e de avanço tecnológico. Logo, podem ser o ponto de partida de uma infraestrutura verde.
Para tanto, é necessário que os centros urbanos tracem estratégias que somem os elementos convencionais e os naturais. “Há necessidade de trabalhar com a natureza em prol das cidades”, afirma a arquiteta Deize Sanches, pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados (IEA), ao Jornal da USP no Ar. Caso contrário, o prejuízo resta à sociedade. A impermeabilização das cidades, ocasionada pelo desmatamento, é apenas um dos exemplos da especialista.
Deize ressalta a urgência de uma ação integrada das iniciativas públicas, privadas e do terceiro setor na elaboração de políticas públicas para conservar biodiversidade e recursos naturais. “Modelos de governança para pagar e compensar serviços ambientais” é uma das possibilidades, diz a arquiteta. Ela cita o trabalho da ONG WRI na preservação das áreas verdes ao longo das bacias que abastecem o Sistema Cantareira.
Por isso, representantes dessas três áreas reúnem-se no seminário Urbansus — Sustentabilidade Urbana, Adaptação, Resiliências e Riscos Climáticos, no próximo dia 25, na Sala Alfredo Bosi do IEA. Reflexões do encontro poderão ser levadas na vigésima quinta Conferências das Partes (COP25) do Acordo de Paris, em Madrid.
Helena Ribeiro (USP), Diogo Victor Santos, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e Juliana Ribeiro, da Fundação Boticário, estão entre os seminaristas. Deize moderará um dos painéis. Mais informações do evento podem ser encontradas neste link.
Ouça a entrevista na íntegra no player acima.
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