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Nesta sua coluna, o professor Carlos Eduardo Lins da Silva elogia a iniciativa do Projor (Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo), que recentemente anunciou o Programa de Indicadores de Compromissos com o Público, destinado especificamente para veículos jornalísticos de cidades pequenas, ou seja, trata-se de uma espécie de extensão do Atlas da Notícia, também do Projor, cuja principal função é mapear a presença do jornalismo nos pequenos municípios brasileiros, além de marcar as áreas constituídas de “desertos de notícias no Brasil”. Por isso mesmo, “é um trabalho importantíssimo, inédito até então”, agora ampliado com uma maior ênfase na qualidade dos veículos. “O que o Projor fez foi listar 11 indicadores que ampliam a transparência e ampliam o compromisso do veículo com o seu público, uma novidade muito importante, que merece todo o apoio dos jornalistas do Brasil inteiro e toda a ajuda que se puder dar a esse projeto, ” explica o colunista.

A partir daí, Lins da Silva acredita que, uma vez assumidos os compromissos, esses veículos tenderão a ganhar respeitabilidade e, consequentemente, passarão a ter uma relação mais sólida com o seu público, que poderá até ser ampliado. Alguns desses indicadores listados são muito simples, como expediente, por exemplo, “parece que é uma coisa banal, mas muitos veículos jornalísticos não têm expediente”, o mesmo ocorrendo com os princípios editoriais: “Poucos jornais no Brasil, mesmo os grandes, têm princípios editoriais públicos, ou seja, expõe ao seu leitor quais são os seus princípios. Outro também: muitos jornais, inclusive os grandes no Brasil, não têm uma política de correção de erros. Isso é uma prática fundamental para que a credibilidade, a confiança no jornalismo aumente”. Em razão disso tudo, Lins da Silva sugere que os leitores e ouvintes que gostam de jornalismo entrem no site do Projor e verifiquem esses princípios editoriais, “porque é uma atividade realmente muito importante. O Projor existe desde 2002, foi fundado pelo jornalista Alberto Dinis, e nesses 22 anos de atividades já fez muita coisa boa para o jornalismo brasileiro, e essa é mais uma delas”, completa.

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