HC recruta pessoas que sofreram AVC para pesquisa clínica

O foco é avaliar reabilitação para melhorar função de braços e mãos que ficaram com sequelas, afirma a neurologista Adriana Conforto

 30/09/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 03/10/2019 as 8:52
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O Departamento de Neurologia Clínica do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP convida voluntários para participarem de estudo clínico que avaliará os resultados de reabilitação de pessoas afetadas por Acidente Vascular Cerebral (AVC). Podem participar, homens ou mulheres que sofreram o derrame, há mais de seis meses, e tenham ficado com um dos braços mais fraco. O Jornal da USP no Ar conversou com Adriana Conforto, neurologista do HC, sobre o estudo que trata dos efeitos de tratamento com fisioterapia e estimulação de nervos para reabilitação. 

O foco da pesquisa é avaliar um tipo específico de reabilitação para tentar melhorar a função do braço e da mão nas pessoas que ficaram com sequelas. Para participar, é preciso ter alguma mobilidade no membro afetado. O tratamento dura seis semanas, três vezes por semana. O paciente ficará cerca de quatro horas com as terapeutas fazendo as atividades específicas da reabilitação e receberá uma lista de atividade que precisa ser feita em casa. Depois que o tratamento termina, o grupo também acompanha o paciente por mais três meses, para checar se o efeito é duradouro ou não.

Adriana comenta que “o AVC é a segunda causa de morte no Brasil e uma das principais causas de incapacidade no Brasil e no mundo, então é extremamente frequente que algumas pessoas com AVC fiquem com algum tipo de sequela”. Na fase aguda, a mais comum é a fraqueza da mão e do braço e isso acaba incapacitando algumas atividades no dia a dia. Mas há sequelas de outros tipos, como dificuldade de se comunicar, de andar, de ter equilíbrio e de enxergar. 

“As sequelas podem ser prevenidas principalmente em casos de AVC isquêmico, quando acontece na diminuição do fluxo sanguíneo do cérebro, por meio de um remédio que diminui o risco em até 30%, mas a dose tem que ser administrada rápido”, afirma a neurologista. É possível ver quais hospitais públicos e privados oferecem esse tipo de tratamento através do aplicativo gratuito AVC Brasil. 

Quem se interessou poderá fazer  contato  pelo telefone 2661-7955, deixando um recado com nome e número de telefone. Em seguida, os pesquisadores vão entrar em contato para agendar uma avaliação e fazer algumas perguntas preliminares.

 


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