Em sua coluna desta semana, a professora Marisa Midori abordou a questão das livrarias sob dois aspectos: um, o fechamento de livrarias pelo País, devido a diferentes motivos. E outro ponto destacado por ela foi a própria carência de livrarias nas cidades brasileiras. “O fechamento de uma livraria é sempre uma tristeza”, afirma a colunista. “Em uma cidade, há mais farmácias e supermercados do que livrarias. Há cidades no Brasil que não conhecem livrarias. E, nesse ponto, eu tendo a pensar como a Mafalda, a personagem do Quino: este mundo está doente, já que um mundo com tantas farmácias e sem livrarias, sem lugares de cultura, é um mundo complicado”, acredita ela, que também ressaltou ter recebido a informação de fechamento de duas livrarias na cidade de São Paulo – com as proprietárias não tendo como pagar o aluguel – e outra, em Porto Alegre, cujo dono viu seu sonho de dez anos ir, literalmente, por água abaixo. “Será que não teria uma saída do poder público para isso?”, questiona a colunista.
Outro ponto abordado por Marisa Midori em sua coluna foi a relação das livrarias com as chamadas “festas do livro” – como realizadas pela USP – , nas quais os livros são oferecidos com bons descontos. “É uma relação tensa, delicada. Temos que ver isso com muita prudência e não buscar culpados”, afirma Marisa. “Mas vejo possível a sobrevivência numa cidade, principalmente em cidades grandes como São Paulo, de festas do livro e livrarias, cada uma praticando seus preços. Quando pensamos em uma cidade de 14 milhões de habitantes, não é possível que não tenhamos essa bibliodiversidade, essa gama de ofertas à população”, finaliza a colunista.
Bibliomania
A coluna Bibliomania, com a professora Marisa Midori, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 9h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
.