Pesquisadores que se dedicam há muito tempo às relações internacionais e às questões do clima são os mais capacitados para explicar o momento atual das negociações na COP25. “Nestas ocasiões, quem pode nos dar ideias são nossos colegas dos cursos de relações internacionais”, recomenda o professor José Eli da Veiga. Por esse motivo, o colunista destaca que o professor Eduardo Viola, da Universidade de Brasília (UnB), pode ser considerado a principal autoridade no tema. “Ele estará no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP a partir do ano que vem”, anuncia o colunista.
Na opinião de Eli da Veiga, a COP25 foi mais uma tentativa “frustrante”. Mas ele chama a atenção para as análises de Eduardo Viola. Dentre elas, sobre o isolamento da União Europeia (UE), que não pode ser atribuído somente à eleição de Donald Trump nos EUA. “De fato, desde então, o único processo mais razoável que aconteceu foi o acordo de Paris, em 2015, mas que foi se desfazendo. E essa COP25 é mais um exemplo disso”, lamenta. Segundo o colunista, a eleição de Trump e tudo que ocorreu depois é insuficiente para compreender essa virada da situação. Ele ressalta ainda o fato de a UE ser o único bloco econômico que mantém uma posição coerente com a ciência em relação às questões climáticas. Eli da Veiga recomenda “colocar as barbas de molho” e torcer para que, em 2020, no encontro de Glasgow, na Escócia, aconteça uma COP26 mais razoável.
Ouça no link acima a íntegra da coluna Sustentáculos.
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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