Dor de cabeça é sintoma; enxaqueca é doença, explica o professor Octávio Pontes Neto. A enxaqueca é uma doença crônica, resultado de um distúrbio químico do cérebro, que leva a uma série de outros distúrbios, entre eles a dor de cabeça. A dor de cabeça da enxaqueca é forte, chega a incapacitar a pessoa e levá-la à intolerância à claridade, ao exercício físico, ao desconforto gastrointestinal.
Quando a crise de enxaqueca é espaçada, três a quatro meses, é melhor tratar a dor de cabeça, ou seja, o sintoma, com analgésico. Mas quando o período é menor, melhor tratar a condição de base, que é o distúrbio químico do cérebro. A enxaqueca precisa de tratamento específico, que bloqueie o início do quadro.
Um ponto importante, segundo professor Pontes Neto, é tratar a enxaqueca que se repete em período curto de tempo de forma preventiva e a longo prazo. Esse tratamento requer acompanhamento com neurologista e, ainda, é importante identificar as causas dessa enxaqueca. “Alguns comportamentos costumam agravar a enxaqueca, como, por exemplo, distúrbios hormonais e metabólicos, alimentação irregular, mas uma das coisas que podem transformar essa enxaqueca episódica em diária é o abuso de analgésico.”