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Na coluna Observatório da Inovação desta semana, Glauco Arbix fala das consequências da crise causada pelo novo coronavírus na economia. O professor acredita que alguns setores da economia não serão mais os mesmos, como os de petróleo, plástico e energia, o que poderia levar a sociedade a uma eventual descarbonização. 

Para Arbix, o Brasil, alicerçado na desigualdade social, deverá enfrentar momentos difíceis e terá dificuldade na recuperação por conta do baixo nível de inovação e dinamismo da economia: “Setores de todas as áreas, das mais diferentes tecnologias e perfis vão ser afetados. A indústria de petróleo e gás vive uma situação muito particular hoje. Os preços desceram e foram negativos. Os preços caíram tanto que aqueles que comercializam praticamente tiveram que pagar para que seus clientes recebessem o petróleo e, é claro, muita gente avalia que isso é conjuntural, amanhã sobe, governos ajudam e compram mais, porém é sempre importante lembrar que o mundo não voltará a ser como era antes e essa indústria não voltará a ser como era antes”.

Segundo o colunista, o impacto sobre as indústrias é grande e o consumo de produtos derivados de petróleo vai cair, junto à diminuição do número de voos, da circulação de automóveis nas cidades e também uma possível queda do consumo de plástico: “Vai questionar, de cara, os planos de investimento e expansão que essa indústria tinha e que, na verdade, vai passar a viver uma situação bastante dramática, vai tirar o sono dos seus executivos. O desafio para essa indústria é como levar da melhor maneira possível a transição para uma sociedade e para uma economia de baixo carbono. A inovação vai bater na energia solar, vai bater na energia eólica, nas novas baterias e a descarbonização da sociedade e da economia vai estar presente na vida de todo mundo” e complementa: “A questão do clima e do ambiente tem a ver com essa espécie de revolta da natureza que produz vírus distintos que nos atingem, que devastam a gente do ponto de vista da saúde. É sempre bom lembrar que vamos ter desafios gigantes e que a ciência e a tecnologia estarão na linha de frente para tentar ajudar a minimizar os efeitos negativos dessa situação”.

Ouça a coluna na íntegra pelo player acima.

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