O assassinato de João Alberto Freitas por seguranças do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, é um alerta para a responsabilidade social das empresas. É o que garante o professor Pedro Dallari em sua coluna desta semana. “A morte de Beto Freitas, um crime bárbaro, chocou o País. E ficou evidente que a morte de Beto Freitas decorreu da cor negra de sua pele – se ele fosse branco, essa violência fatal não teria ocorrido”, afirma Dallari. “Essa violência é inaceitável sob todos os aspectos. O fato serve de alerta para a responsabilidade social das empresas na proteção aos direitos humanos, tarefa que não cabe apenas ao governo e à sociedade”, ressalta ele.
“O tema da responsabilidade social das empresas é objeto de diretrizes internacionais já há várias décadas. Já se trabalha bastante no assunto na ONU e em seu Conselho de Direitos Humanos. Muito importante também são as diretrizes para empresas multinacionais da OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico”, ressalta o colunista. “Essas diretrizes conferem grande relevância à responsabilidade social das empresas no tocante à proteção dos direitos humanos. No documento da OCDE, ao qual o Brasil está vinculado, fica claro que as empresas devem respeitar os direitos humanos, o que significa que as empresas devem evitar a violação dos direitos humanos dos outros e devem lidar com os impactos adversos aos direitos humanos com os quais estejam envolvidas”, esclarece Dallari.
Ouça no player acima a íntegra da coluna Globalização e Cidadania.
Globalização e Cidadania
A coluna Globalização e Cidadania, com o professor Pedro Dallari, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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