Para quem está de olho na economia, nos negócios, nas perspectivas de retomada do crescimento econômico, o círculo vicioso é terrível: a desigualdade torna ainda mais virulenta e letal a pandemia, mas a pandemia também aumenta a desigualdade e esse curto-circuito vai tornar ainda mais lenta e difícil a recuperação econômica. Nesse contexto, é cruel a obsessão da equipe econômica com a austeridade fiscal. Em nome do equilíbrio do orçamento público, esconde-se uma recusa a tributar rendas mais altas e patrimônios dos mais ricos. O endividamento público para cobrir as despesas emergenciais provavelmente justificará, mais à frente, o retorno da ciranda financeira que apenas aumenta a desigualdade e torna ainda mais difícil a recuperação do emprego, da renda e do investimento.
O professor Gilson Schwartz diz que “nessa crise é importante encontrar outras formas de financiamento, mais gastos públicos e também tributar quem pode contribuir mais.
O site para acessar o artigo que o professor comenta é A Consensus on Taxing the Rich? Comparing Mainstream Economics, Piketty and Post-Kaynesian Economics por Nicolas Zorna and Steven Pressmanb, International Journal of Political Economy, 2020, vol 49, nº 1: https://www.tandfonline.com/toc/mijp20/current
http://sites.usp.br/Iconomia