Na coluna desta semana, o professor Bruno Bedo aponta que, com a crescente popularidade de esportes de combate, torna-se crucial compreender as respostas fisiológicas envolvidas para aprimorar o treinamento e o desempenho dos atletas. Um estudo publicado pelo professor Emerson Franchini buscou apresentar uma análise sobre as contribuições dos sistemas energéticos em esportes olímpicos de combate. A pesquisa abrange modalidades como boxe, karatê, judô e esgrima, revelando informações importantes sobre como os diferentes sistemas energéticos são recrutados durante a prática dessas disciplinas de alto rendimento.
Bedo explica que são três tipos de sistema. O aeróbico é fundamental para fornecer energia de forma contínua e sustentada durante atividades de longa duração, como lutas de judô, que podem se estender por vários minutos; o sistema anaeróbico alático é o responsável por fornecer energia de forma rápida em atividades de alta intensidade e curta duração, como golpes rápidos, como no boxe; e o sistema anaeróbico lático entra em ação durante atividades de alta intensidade e curta a média duração, como sequências de golpes rápidos em esportes como o karatê.
A compreensão de que os sistemas energéticos contribuem para o desempenho em esportes de combate é crucial para otimizar o treinamento. Segundo Bedo, saber qual sistema energético é mais exigido em determinado esporte ou atividade permite aos treinadores e cientistas do esporte desenvolver programas de treinamento mais específicos. Isso inclui a ênfase em desenvolver a resistência aeróbia para suportar lutas mais longas, a potência anaeróbia para golpes rápidos e a capacidade anaeróbia para sequências de movimentos intensos.
Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Bruno Bedo, vai ao ar toda sexta-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.
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