O podcast Saúde sem Complicações desta semana recebe o professor Luiz Fernando Manzoni Lourençone, do curso de Medicina da Faculdade de Odontologia (FOB) da USP em Bauru, chefe da Seção de Implante Coclear e presidente da Comissão de Residência Médica (Coreme) do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP, para falar de deficiência auditiva.
Lourençone afirma que a deficiência auditiva tem impacto muito significativo na vida dos pacientes, prejudicando a comunicação e as atividades cotidianas dessas pessoas. Esse fato, alerta o professor, reforça ainda mais a necessidade de medidas de saúde pública, trabalhistas e educacionais sobre o problema.
Segundo o professor, a deficiência auditiva é bastante comum; a incidência na população é de aproximadamente 5% a 10% e pode ocorrer por diversos fatores como excesso de ruídos, malformações, infecções, traumas, inflamações e até mesmo doenças do cotidiano num grau bastante elevado como diabete e hipertensão. Doenças neurológicas e câncer também podem provocar perda de audição.
Os níveis da perda auditiva variam entre leve, moderado, severo e profundo. E a classificação da doença fica adquirida ou congênita — aqueles que já nascem com o problema devido a mutações genéticas ou fatores hereditários. É por isso que o professor Lourençone chama a atenção para a importância do teste da orelhinha que deve ser feito logo após o nascimento de bebês. “A ocorrência da deficiência auditiva congênita é grande e quanto mais cedo for diagnosticada, melhores os resultados dos tratamentos aplicados ao bebê”, garante.
Para detalhes sobre formas de tratamento, ouça acima o podcast na íntegra com a repórter Mel Vieira.