
Com o aumento do mercado e as facilidades para a compra dos dermocosméticos (aqueles que tratam a pele), hoje em dia é grande o número de pessoas que usam esses produtos. Por isso, a acadêmica Kimberly Fuzel, orientada pela professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, apresenta, nesta edição do Pílula Farmacêutica, informações sobre o ácido glicólico, uma das substâncias em evidência pelos efeitos comprovados de rejuvenescimento e beleza da pele.
Ácido glicólico: o que é e para que serve?
Segundo a acadêmica, trata-se de um alfa-hidroxiácido, um ácido orgânico natural, sem cor e cheiro, que é encontrado em diversos vegetais mas que, no caso do ácido glicólico, é “obtido a partir da cana-de-açúcar ou de outros vegetais doces”.
Como a maioria dos alfa-hidroxiácidos, conta Kimberly, o ácido glicólico consegue “promover a renovação celular” através da esfoliação e da descamação da pele, “eliminando o pigmento acumulado, como as manchas de sol, de melasma ou de acne”, clareando e ainda estimulando a produção de colágeno que ajuda na firmeza e elasticidade da pele.
Assim, usado na composição de cremes, loções ou sérum, indicados para uso diário, é capaz ainda de prevenir sinais do envelhecimento, como as linhas de expressão e rugas; ou pode também ser usado em concentração mais forte para peelings que só devem ser realizados por dermatologistas e esteticistas.
Como usar o ácido glicólico
Kimberly diz que esse ácido pode ser aplicado em qualquer parte do corpo, desde que suas concentrações na fórmula sejam adequadas a cada área. Nas mais sensíveis, como rosto, pescoço e colo, não devem passar de 2% a 3%. A recomendação da acadêmica é a de consultar um dermatologista antes de iniciar o uso do ácido glicólico.
O médico deve avaliar a pele e indicar o melhor produto, com as concentrações ideais do ácido para cada tipo de pele, já que pode causar irritação, vermelhidão e ardência em algumas pessoas, sem contar a sensibilidade à luz e, até mesmo, “lesões que podem deixar cicatrizes”, alerta.
Com a devida orientação do profissional de saúde, o ácido glicólico pode ser usado nas “rotinas de cuidados diários com a pele da manhã ou da noite”, afirma a acadêmica. Se usado de manhã, a pele deve estar higienizada com água e o produto de limpeza adequado ao tipo de pele, e protegida por um sérum ou creme, sempre evitando a área dos olhos e usando protetor solar após a aplicação do ácido. À noite, é indicado após a higienização da pele.
Coordenação: Rosemeire Talamone